Reeleito para mais um mandato à frente do Museu Nacional/UFRJ, o paleontólogo Alexander Kellner conta ao jornalista Márcio Martins como foi enfrentar o incêndio que devastou o museu logo no início de seu primeiro período como diretor. A eleição, recentemente encerrada, teve chapa única e índices inéditos de adesão de professores, funcionários e alunos. Neste mês de setembro, completam-se três anos da tragédia. Desde então, Kellner mergulhou na reconstrução do palácio e busca por recursos, parcerias e recuperação do acervo a partir de inúmeras iniciativas junto a instituições brasileiras e estrangeiras. A mais recente delas foi o lançamento da campanha #Recompõe, estimulando a doação de peças. Kellner relata como a pandemia vem atrapalhando o trabalho de reconstrução do museu, as viagens ao exterior para conseguir novas peças e o recebimento de ajuda internacional. Mas, mesmo com todas as dificuldades, as obras de restauração dos ornatos e do Jardim das Princesas estão em andamento e as da fachada e do telhado já estão agendadas para começar. A previsão é que o Museu Nacional seja reinaugurado em etapas, de setembro de 2022 a 2026. O diretor destacou como prioridade para o novo mandato a volta da normalidade acadêmica, oferecendo espaço de pesquisa para professores e alunos. Enquanto as peças resgatadas são apresentadas em eventos e exposições pelo Brasil, como na Bienal de São Paulo, Alexander Kellner trabalha intensamente para reerguer essa que, em suas palavras, “sempre foi e sempre será uma instituição de História Natural e Antropologia, com uma vertente maravilhosa e histórica.” O Museu Nacional vive!